
“Corpo Vegetal”, o último romance de Julieta Monginho, fala das palavras enquanto forma de reconstrução após o horror
“Corpo Vegetal”, o último romance de Julieta Monginho, fala das palavras enquanto forma de reconstrução após o horror
Mimi sofreu na pele um ato que demora a nomear. No início, é sobretudo da sua relação com as palavras que a protagonista e narradora nos fala. Relação com a língua que é também fruto da relação especial com o pai. Gradualmente Mimi, que se poderia julgar ser ainda menina, dá espaço a uma Mimi-mulher de 48 anos. Contudo, ela mantém ainda a criança dentro de si — talvez numa regressão que advém como consequência da invasão que o seu corpo sofreu.
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