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Livros. A narrativa do luto

Tânia Ganho nasceu em 1973, em Coimbra. É autora do romance "Apneia" e tradutora de Annie Ernaux, Leila Slimani e Maya Angelou
Tânia Ganho nasceu em 1973, em Coimbra. É autora do romance "Apneia" e tradutora de Annie Ernaux, Leila Slimani e Maya Angelou
Matilde Fieschi

Em “O Meu Pai Voava”, Tânia Ganho escreve um tributo ao pai morto, num texto demonstrativo de que é na escrita que nos reconstruímos e sobrevivemos, seja quem escreve, seja quem é escrito

Apesar de se confessar sem palavras, a autora — porque é assim que a voz narrativa se assume, como figura empírica cuja dor é real — não encontra dificuldade na prosa, mesmo quando afirma que urge encontrar rigor nas palavras, pois há sentimentos que são arestas afiadas e requerem vocabulário próprio. Ou talvez para que a linguagem não seja imprecisa, mesmo se a vida é incerta. Até porque o pai, médico, sempre lhe exigiu “rigor científico” nas palavras, para que os sintomas encontrem exatidão — e essa parece ser a sua maior herança, o “amor às palavras”.

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