Quando começou a pandemia, o mundo ficou maravilhado com a capacidade chinesa para erguer hospitais num prazo de semanas e para confinar milhões de pessoas de forma rigorosa e disciplinada, evitando a propagação do vírus a um nível impensável noutras partes do mundo. Infelizmente, essas capacidades são também utilizadas com fins perversos a nível político. Quando Xi Jinping lançou a sua grande campanha contra os uigures, a construção de um vasto sistema de centros de “estudo” — efetivamente, campos de concentração —, onde centenas de milhares de pacíficos cidadãos foram internados a pretexto de combater o “separatismo”, ideológico e outro, foi acompanhada por outras medidas que fizeram de Xinjiang, a região ocidental onde a maioria deles vivem, um modelo e um laboratório para um estado que tudo vê, tudo controla e tudo manda.
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