Exclusivo

Livros

Livros: “À Espera de Ser Preso Durante a Noite” é a tragédia de um povo contada na primeira pessoa

Tahir Hamut Izgil, proeminente intelectual uigur, conta a história da perseguição do seu povo pela China
Tahir Hamut Izgil, proeminente intelectual uigur, conta a história da perseguição do seu povo pela China
Marvin Joseph/The Washington Post/Getty Images

Em “À Espera de Ser Preso Durante a Noite”, o poeta, realizador e produtor uigur Tahir Hamut Izgil conta na primeira pessoa um povo que a China de Xi Jinping quer eliminar

Luís M. Faria

Jornalista

Quando começou a pandemia, o mundo ficou maravilhado com a capacidade chinesa para erguer hospitais num prazo de semanas e para confinar milhões de pessoas de forma rigorosa e disciplinada, evitando a propagação do vírus a um nível impensável noutras partes do mundo. Infelizmente, essas capacidades são também utilizadas com fins perversos a nível político. Quando Xi Jinping lançou a sua grande campanha contra os uigures, a construção de um vasto sistema de centros de “estudo” — efetivamente, campos de concentração —, onde centenas de milhares de pacíficos cidadãos foram internados a pretexto de combater o “separatismo”, ideológico e outro, foi acompanhada por outras medidas que fizeram de Xinjiang, a região ocidental onde a maioria deles vivem, um modelo e um laboratório para um estado que tudo vê, tudo controla e tudo manda.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate