Tal como se costuma dizer sobre a Guerra Colonial (desculpem o paralelo), está na altura de olhar para o pós-modernismo com essa perspetiva que a passagem do tempo dá — ou não. A dúvida tem a ver com o facto de em muitos aspetos ainda vivermos num mundo pós-modernista. As grandes narrativas, do modernismo ou outras, não foram restauradas, a verdade continua a ser elusiva — cada vez mais em assuntos importantes — e mesmo certas formas familiares de pastiche (não confundir com paródia), bem como do que às vezes passa por ironia, não desapareceram por completo. O que desapareceu, queremos acreditar, foi a nossa inocência.
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