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Livros: Quem vão ser os donos da Lua

Grayling usa a Disputa de África como modelo do que a falta de regulamentação pode produzir. Na Lua não se colocam questões de respeito pelas populações locais, mas a necessidade de evitar que disputas pelos seus recursos gerem conflitos na Terra
Grayling usa a Disputa de África como modelo do que a falta de regulamentação pode produzir. Na Lua não se colocam questões de respeito pelas populações locais, mas a necessidade de evitar que disputas pelos seus recursos gerem conflitos na Terra
Getty Images

Em “A Quem Pertence a Lua?”, A. C. Grayling aborda com pragmatismo filosófico um tema que está na ordem do dia: a exploração comercial do que é de todos

Luís M. Faria

Jornalista

Considerar a Lua o novo Oeste selvagem é uma imagem apta. A Lua é rica em minérios valiosos, incluindo o lítio, indispensável para os aparelhos eletrónicos, em especial as baterias. A corrida já se anuncia, e desta vez os atores principais não serão indivíduos com uma carroça, uma espingarda e uma pá, mas grandes Estados com capacidade de enviar naves à Lua, ou empresários como Elon Musk e Jeff Bezos, que também têm, ou terão em breve, os meios e o desejo para se meter no assunto. Não sendo previsível que alguma vez se desenvolva algo de parecido com a cultura de violência e de saloon no velho Oeste americano, há quanto baste de pioneirismo e aventureirismo nesses esforços, que lançarão uma era de exploração espacial a desenvolver nos próximos séculos, se entretanto não espatifarmos o nosso planeta. No mínimo, ele tem que durar até haver condições para a Humanidade se estabelecer lá fora, o que não deve estar para breve.

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