
De James Baldwin chega uma colectânea de ensaios sobre o “problema dos negros” na América na década de 1950, tempos turbulentos de procura de uma identidade que não se fique pelas boas intenções
De James Baldwin chega uma colectânea de ensaios sobre o “problema dos negros” na América na década de 1950, tempos turbulentos de procura de uma identidade que não se fique pelas boas intenções
Cem anos depois do nascimento de James Baldwin, a sua actualidade não diminuiu. Isto quanto à não-ficção, a melhor metade do que escreveu, dedicada quase em exclusivo à questão do “problema dos negros” na América. Seguindo-se a “Da Próxima Vez, o Fogo” (1963), surge agora a tradução da sua primeira colectânea, “Notas de um Filho da Terra” (1955), artigos e ensaios de uma década turbulenta. Baldwin nasceu numa família numerosa e religiosa, teve uma infância difícil, sofreu inúmeros actos racistas, foi pastor evangélico, fez jornalismo literário e exilou-se em Paris, com regressos ocasionais aos Estados Unidos, país que, na sua cabeça, nunca abandonou. Sempre que escrevia sobre a América, Baldwin reivindicava uma herança, uma vez que “não se pode reclamar um direito de nascença sem se aceitar a herança”.
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