
A neerlandesa Aimée de Jongh aborda, nesta novela gráfica, o sofrimento das populações afetadas pelo Dust Bowl, que em 1933 transformou o centro dos EUA num deserto
A neerlandesa Aimée de Jongh aborda, nesta novela gráfica, o sofrimento das populações afetadas pelo Dust Bowl, que em 1933 transformou o centro dos EUA num deserto
No mapa dos EUA, correspondia a uma mancha oval que ia do Dakota do Norte ao Texas. Nas grandes planícies do centro do país, anos a fio de práticas agrícolas intensivas, que fragilizaram os solos, deixando-os à mercê da erosão dos ventos, coincidindo com um período longo de seca severa, provocaram um desastre ambiental de proporções bíblicas durante a década de 1930 — o chamado Dust Bowl. Tempestades de areia sucessivas transformaram a região num deserto e obrigaram ao êxodo dos agricultores arruinados para a Califórnia, num dos contextos económicos mais difíceis do século XX (a Grande Depressão). O problema só foi revertido em 1939, com o regresso das chuvas e a implementação de novos métodos de cultivar a terra, mas o risco de repetição do fenómeno, devido às alterações climáticas, paira ainda hoje como uma forte ameaça.
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