
De Eric Hobsbawm, historiador, chega-nos “Bandidos”, sobre o banditismo ao longo dos tempos e as suas diferentes formas
De Eric Hobsbawm, historiador, chega-nos “Bandidos”, sobre o banditismo ao longo dos tempos e as suas diferentes formas
Jornalista
Se um homem é ele próprio mais as suas circunstâncias, não admira que o historiador Eric Hobsbawm (1917-2012), filho de judeus, criado entre Viena e Berlim, exilado em Londres com a família após a subida de Hitler ao poder, se tenha tornado marxista, como aliás se podia ter tornado outras coisas. O marxismo foi sempre uma fonte de inspiração na sua obra, e uma “Bandidos” fala de figuras como Robin Hood, Jesse James e Salvatore Giuliano — uns míticos, outros reais, todos bastante mitificados — como rebeldes contra o poder e as injustiças dos seus respetivos tempos (não por acaso, o livro tem origem num capítulo do livro “Primitive Rebels”). Distinguindo-os de vulgares criminosos, Hobsbawm chama-lhes “bandidos sociais”. Numa tipologia básica, distingue os haiduques (grupos organizados que combatiam o império otomano e a opressão feudal nos Balcãs), os bandidos nobres (Robin Hood é um exemplo mítico) e os vingadores (o cangaceiro Lampião).
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