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Livros: “Racismo Woke”, uma nova religião

Como professor de Linguística, John McWhorter (Filadélfia, 1965) tem bastante a dizer sobre as contradições do pensamento woke Horst
Como professor de Linguística, John McWhorter (Filadélfia, 1965) tem bastante a dizer sobre as contradições do pensamento woke Horst
Galuschka/picture alliance via Getty Images

Em “Racismo Woke”, John McWhorter desfaz a linguagem e a lógica, ou ausência desta, naquilo que ele descreve como a terceira vaga do antirracismo e uma nova religião – uma ideologia fanática que exige arrependimento e submissão perpétua dos brancos em expiação de pecados ancestrais

Luís M. Faria

Jornalista

John McWhorter é um homem muito inteligente. Esta a primeira constatação que se nos depara em “Racismo Woke”. Página após página encontramos parágrafos brilhantes que exploram (isto é, desfazem) a linguagem e a lógica, ou ausência desta, naquilo que ele descreve como a terceira vaga do antirracismo e uma nova religião — uma ideologia fanática que exige arrependimento e submissão perpétua dos brancos em expiação de pecados ancestrais. “Como é que um país tão grande, heterogéneo e politicamente dividido como os EUA chegaria alguma vez a um consenso final e abrangente que ‘resolvesse’ o racismo? Os brancos ‘radicais’ são gentios incorrigíveis, dizem-nos eles. Está bem, mas, se assim é, o que os vai levar a mudar de opinião? Ler o ‘Fragilidade Branca’?”, escreve McWhorter. “Os eleitos não gostam de ouvir estas perguntas, e até as consideram arrogantes, como se nos perguntassem como ousamos questionar o divino. A própria linguagem é litúrgica, referindo-se apenas aproximadamente à existência real, e só compreensível na sua totalidade como poesia, espírito ou profecia.”

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