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Livros: Robert Walser e os textos que se desfazem no ar

Caminhante solitário, Robert Walser era um escritor das coisas mínimas e da atenção máxima, como se prova nestes “brevíssimos textos sobre quase nada”
Caminhante solitário, Robert Walser era um escritor das coisas mínimas e da atenção máxima, como se prova nestes “brevíssimos textos sobre quase nada”
D.R.

O elogio do ínfimo: os textos de Robert Walser provocam um efeito de secreto júbilo e radical alegria. Assim é “Cinza, Agulha, Lápis e Fosforozitos”

Numa micronarrativa que surge dentro de um apontamento sobre candeeiros e luvas, Robert Walser fala de um homem capaz de se abstrair completamente do mundo à sua volta: “Não prestava atenção a nada e estava, por assim dizer, a marimbar-se para tudo.” Essa personagem alheada, que acaba por perder literalmente a cabeça (e nem disso se apercebe), é uma espécie de negativo do próprio Walser, autor singularíssimo que fez da atenção extrema, sobretudo àquilo que a maior parte das pessoas ignora, uma ética pessoal ao serviço de uma estética literária minimalista.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: josemariosilva@bibliotecariodebabel.com

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