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Festival de Veneza 2025: O primeiro milho é para os pardais?

Festival de Veneza 2025: O primeiro milho é para os pardais?
Aldara Zarraoa/Getty

Herzog levou o Leão de Ouro à Carreira, sob o elogio de Coppola, mas a primeira grande ovação da noite foi para o filme de Sorrentino, “La Grazia”, onde não falta um velho e abatido Presidente da República de Portugal. “Bugonia” de Yorgos Lanthimos, outra vez com Emma Stone, e “Jay Kelly” de Noah Baumbach, com George Clooney, foram outros destaques

Com “La Grazia” de Paolo Sorrentino, filme centrado num ficcional Presidente da República Italiana em fim de mandato com dúvidas constantes sobre promulgar um decreto sobre a eutanásia, mais por razões jurídicas que por questões morais, começou a Mostra Internazionale d’Arte Cinematografica, em Veneza. Obra bem-humorada, nada solene, íntima, a fita decorre em ambientes palacianos, com o hieratismo irónico em que o autor é de uso pródigo. Sorrentino, que confessou ter feito o filme para poder figurar um Presidente da República que fosse simpático e humano, não podia, todavia, eximir-se a ir disseminando, filme fora, uma pontuação de efeitos de estranheza, sem os quais a sua imagem de marca de autor mudaria de coloração. E é pena.

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