
Estreia. Quarta longa-metragem de Athina Rachel Tsangari, “Colheita” é uma parábola sobre o capitalismo, com uma composição demasiado esforçada dos planos como réplicas animadas das telas dos Bruegels
Estreia. Quarta longa-metragem de Athina Rachel Tsangari, “Colheita” é uma parábola sobre o capitalismo, com uma composição demasiado esforçada dos planos como réplicas animadas das telas dos Bruegels
A primeira coisa notável, nesta quarta longa de Tsangari, é a escala dos planos iniciais: a série de grandes planos e planos de pormenor que, filmados numa película de 16 mm que releva a textura de corpos e objetos, dão conta da intimidade entre personagem e décor. A personagem da qual se fala é Walter: um afável mas desengonçado homem de meia-idade que trabalha como agricultor nas terras de um proprietário rural (Master Kent). O espaço e o tempo da ação são indefinidos: tudo o que podemos inferir — sobretudo, graças à composição demasiado esforçada dos planos como réplicas animadas das telas dos Bruegels — é que decorre algures na Europa da Idade Média.
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