Dura todo o mês de agosto, no Nimas, em Lisboa, mas vai estender-se a outras cidades do país em versões mais reduzidas. São 50 filmes italianos feitos num tempo em que de Roma chegava algum do melhor cinema do mundo — da segunda metade dos anos 40 ao início da década de 80. Depois, como se sabe, veio o boom das televisões privadas, o império Berlusconi, a decadência acelerada do parque instalado das salas de cinema — e (quase) tudo se desmoronou. Fitas de Rosselini, Visconti, Fellini, Risi, Zurlini, Ferreri, Olmi, Bertolucci, Pasolini, De Sica, Antonioni — que sei eu? — espraiam-se pelas tardes e noites de canícula amaciadas pelo ar condicionado da sala da 5 de Outubro. São todas obras memoráveis, em versões restauradas que, para mais, vão estar disponíveis em distribuição no mercado português, nos cinemas independentes, cineclubes, associações, salas municipais. Entretanto, se algum leitor quiser perguntar o que deve ver, só tenho uma resposta: tudo! De qualquer modo, deixem-me chamar a atenção para um punhado de títulos, jamais pretendendo que sejam “os melhores” num qualquer ‘qualidadómetro’ cuja decifração não manuseio.
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