Quando pela primeira vez nos cruzámos com Serebrennikov, em “Verão”, escrevemos nestas páginas que valia a pena ficarmos atentos às futuras aventuras do realizador. Três longas depois, vemo-nos forçados a admitir que o nosso otimismo foi manifestamente exagerado, e que o cinema de Serebrennikov é o lugar onde o maneirismo de Gondry se combina com a superficialidade de Sorrentino. O filme que serve de motivo a esta revisão em baixa é uma adaptação da biografia de Emmanuel Carrère sobre Eduard Limonov: uma figura bigger than life (interpretada por Wishaw) que, entre as décadas de 1970 e 2000, foi de poeta obscuro em Kharkiv a mordomo em Nova Iorque, e de vedeta literária em Paris a líder de um movimento protofascista russo.
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