
A excelência do Coro Gulbenkian é única, mas o documentário “Coro”, de Edgar Ferreira, organiza-se em torno de cabeças falantes, quase não apresenta documentos relevantes e, ainda menos, se dá tempo e espaço a ouvi-lo cantar
A excelência do Coro Gulbenkian é única, mas o documentário “Coro”, de Edgar Ferreira, organiza-se em torno de cabeças falantes, quase não apresenta documentos relevantes e, ainda menos, se dá tempo e espaço a ouvi-lo cantar
Crítico de Cinema
A primeira imagem é a de um nadador a lançar-se à água, logo entrecortada pela mesma pessoa em treino de ciclismo e, depois, de corrida em pista, modalidades de triatlo a sucederem-se durante dois minutos, encimadas por música coral. Até que o rosto masculino do nadador, em fim de esforço e respiro largo, se funde com o mesmo rosto em fato de gala e pose de canto, logo emparelhado, plano largo, num conjunto. É assim a insólita abertura, pré-genérico, do documentário “Coro — 60 Anos do Coro Gulbenkian” cujo objeto e função comemorativa o título identifica na perfeição. Não é gratuito o aparente despautério desse arranque.
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