O Leffest faz 18 anos e está mais conciso e eficaz agora do que nos tempos em que tinha um modelo de programação que se dilatava por locais diversos (Estoril, Cascais) e em busca de um público que jamais o favoreceu na periferia. Na capital, o festival está desde o ano passado centrado no Nimas, sala gerida há décadas por Paulo Branco, acrescentando este ano o São Jorge ao Teatro Tivoli BBVA, espaços com plateias amplas. É o que basta para o festival voltar a cumprir, porque a calendarização a isso convida, a tarefa a que já nos habituou: uma seleção, já em jeito de balanço, de parte significativa dos melhores e mais premiados filmes do ano, de Roterdão e Berlim (festivais de inverno) a Veneza e San Sebastián (que fecham o verão). A Palma de Ouro, “Anora”, de Sean Baker, ‘escapou’ ao radar Leffest, mas Cannes fica muito bem servido com a passagem no Nimas do outro cannois indispensável, “All We Imagine as Light”, da indiana Payal Kapadia, que trouxe de Cannes a ‘medalha de prata’, o Grand Prix.
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