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Sem pausas nem sumo: este “Alien” é para jovens

Cailee Spaeny e David Jonsson lideram o elenco do novo episódio da saga “Alien”, que parece querer voltar à simplicidade do filme primeiro de Ridley Scott
Cailee Spaeny e David Jonsson lideram o elenco do novo episódio da saga “Alien”, que parece querer voltar à simplicidade do filme primeiro de Ridley Scott

Realizado pelo uruguaio Fede Alvarez, “Alien: Romulus” é um produto para plateias juvenis, padronizado, com as devidas quotas de género e etnia preenchidas — mas sem veras personagens

Sem pausas nem sumo: este “Alien” é para jovens

Jorge Leitão Ramos

Crítico de Cinema

O futuro da Humanidade é a servidão. Pelo menos é o que vemos na colónia espacial mineira de onde o filme parte, daqui por um século. Tudo se passa na vizinhança de Saturno, algures entre o momento em que Ripley foge do Nostromo, em sono profundo, num pequeno veículo espacial, à espera que alguém a encontre (no final de “Alien — O 8º Passageiro”) e o momento do resgate (“Aliens — O Recontro Final”). Nessa colónia os humanos sob contrato são praticamente escravizados, impedidos de sair dali pela omnipotente Companhia, laborando num ambiente onde tudo é sujo, ferrugento, degradado, inabitável — mas em que os humanos têm dentes impecavelmente brancos e alinhados (dentes de atriz de cinema, pois…), primeira inverosimilhança numa fita onde elas não faltam. Nessa colónia vamos encontrar a jovem Rain/Cailee Spaeny e o seu fiel androide Andy/David Jonsson, cheios de vontade de ir para um sítio onde haja sol, liberdade e seja possível viver. Um grupo de amigos parece ter a solução. Descobriu que mesmo ali por cima há um velho veículo espacial abandonado onde é provável que existam módulos de hibernação que lhes permitam a viagem de anos até onde pretendem chegar. É só lá ir buscá-los, para isso precisando da ajuda de Andy, cujas capacidades cibernéticas de conexão com o computador Mãe serão imprescindíveis para desbloquear acessos. Todavia, o que está lá em cima não é um veículo, é uma imensa estação espacial onde há muito mais coisas além dos desejados módulos. Algumas delas, claro, monstruosas e letais… O resto, é a chapa zero em movimento.

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