Martim era, em 1979, um miúdo de 15 anos a viver na bolha sociocultural do Partido Comunista Português: os pais eram militantes, ele próprio estava nos Pioneiros, organização do PCP para os mais novos. Um dia ele sabe da existência de um curso que lhe interessava e da possibilidade de bolsas para o frequentar, na União Soviética. Resolve pedir aos pais para ir, ao que eles acedem com alegria. A URSS era a sociedade onde se construía o socialismo real, nenhum mal lhe poderia acontecer. Martim vai — e, de algum modo, perde-se.
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