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O risco de um triângulo do campo de ténis em “Challengers”: Zendaya e a excelência do cinema de Guadagnino

Nascida há 27 anos na Califórnia, Zendaya brilha em “Challengers”, fazendo uso, também, da sua experiência como bailarina
Nascida há 27 anos na Califórnia, Zendaya brilha em “Challengers”, fazendo uso, também, da sua experiência como bailarina

Triângulo amoroso com ténis profissional em fundo. É o cinema de Guadagnino em toda a sua exuberância, e a protagonista Zendaya em estado de graça

O risco de um triângulo do campo de ténis em “Challengers”: Zendaya e a excelência do cinema de Guadagnino

Jorge Leitão Ramos

Crítico de Cinema

No princípio, é o ténis, é uma partida que prevemos, instantaneamente, decisiva, tal é o furor com que é filmada, alternando a espinhosa câmara lenta onde até se veem grossas bagas de suor em bica, com rápidos planos de serviço e resposta, impacto de disparos surdos. É uma competição a elevar-se ao estatuto de combate onde um cinéfilo avisado há de sentir, desde logo, que, para lá dos significados a ler na narrativa, se distingue a espessura do prazer do texto. Como se, por momentos, num filme pudesse haver — e porque não poderia? — qualquer coisa de abstrato e o espectador conseguisse fruir a explosão da linguagem cinematográfica (composição dos planos, cromatismos, montagem, som, música) sem se preocupar com o que aquilo quer dizer. No princípio é o ténis, mas é também o cinema em ação e exuberância, o que dá a “Challengers” uma energia muito particular.

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