Autointitula-se “macaco velho” na arte de gerar expectativa. Se não for nomeado, compõe uma “balada triste”, mas se for, promete, vem ao Expresso fazer um brinde. A curta-metragem de Filipe Melo que está a um passo dos Óscares chama-se “O Lobo Solitário” e foi gravada num só take
Esta é uma data para apontar no calendário: no próximo dia 24 são anunciadas as nomeações para os Óscares. Na corrida, há uns quantos portugueses. Entre eles, Filipe Melo. É cineasta, ao mesmo tempo que músico e autor de bandas desenhada e já sabe, não sabendo, como será esse dia.
“Vou acordar, tomar o pequeno-almoço e ver que a nomeação não foi para a minha curta-metragem. Aí levanto-me e vou até ao piano tocar uma balada triste. Volto para acabar o pequeno-almoço e continuo a escrever guiões”. E se for nomeado? Hesita na resposta enquanto suspira um sorriso. A balada será outra, servida num borbulhar de copo de champagne. “Se acontecer vou até ao Expresso e fazemos um brinde!” Veremos. Até lá, vai gerindo a expectativa – e nós também. “Se isso acontecesse seria só estranho, porque é surreal”.
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