O Expresso está em Veneza a acompanhar a Mostra Internazionale d'Arte Cinematografica della Biennale di Venezia. Diariamente, o crítico Jorge Leitão Ramos destaca os principais momentos do festival
Com o regresso da passadeira vermelha com o público a poder assistir de perto e o fim das restrições na ocupação das salas e do uso de máscara nas sessões - muito aconselhada, mas não obrigatória - o Festival de Veneza retoma o ritual de ‘glamour’ e bom cinema que lhe está nos genes. Abriu ontem, 31, com um Leão de Ouro à Carreira atribuído a Catherine Deneuve - a grande atriz e também diva que, do alto dos seus quase 79 anos, se pode orgulhar de ser uma das figuras maiores do cinema moderno.
De Vadim a Demy, de Polanski a Truffaut, de Buñuel a Oliveira, de Ferreri a Téchiné, trabalhou - e continua a trabalhar - com o melhor do melhor cinema europeu, ultrapassando gerações, géneros, vagas e vogas. Deneuve, que esteve na Mostra, pela primeira vez, em 1964, com “Os Chapéus de Chuva de Cherburgo” - e “foi uma revolução “, lembrou Arnaud Desplechin, autor da lauda da homenageada - apresentou-se com um vestido vermelho, flamejante, e agradeceu com palavras de circunstância pelo seu amor ao cinema.
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