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Telma Tvon, a nova d’Artagnan d’África em Lisboa

Telma Tvon (Luanda, 1980) publicou em 2017 o seu primeiro livro, “Um Preto Muito Português”, que conheceu nova edição em 2024
Telma Tvon (Luanda, 1980) publicou em 2017 o seu primeiro livro, “Um Preto Muito Português”, que conheceu nova edição em 2024
Tiago Petinga/Lusa

Escritora e rapper angolana, Telma Tvon tem um discurso próprio sobre o silenciamento das vozes da diáspora negra em Portugal: nem tudo pode ser reduzido a uma simples herança colonial

Telma Tvon, a nova d’Artagnan d’África em Lisboa

Diogo Ramada Curto

Historiador, Diretor da Biblioteca Nacional

Ao evocar os tempos em que conviveu com Antero de Quental e Eça de Queirós, Jaime Batalha Reis recordou uma série de figurões que nada tinham a ver com a literatura. Acerca do primeiro, referiu-se a Joaquim Negrão, que também era visita do poeta João de Deus, traçando dele um breve retrato: “Pescador de atum, artista, negociante, aventureiro, romântico e capitão de navios com quem o Antero fez a viagem de Nova York.” (“Anthero de Quental In Memoriam”, 1896). E, do convívio com Eça de Queirós, Batalha Reis reteve, na introdução a esse livro póstumo intitulado “Prosas Bárbaras”, essa “lenda em ação” chamado João de Sá Nogueira, um autêntico “d’Artagnan d’África em Lisboa”, que contava aos seus amigos — “durante o bacalhau com batatas, o meio bife e o Colares — as pitorescas aventuras das suas viagens pelos sertões de Angola”.

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