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“Quis fazer um filme sobre a psicologia do pós-guerra e a forma como a arquitetura a refletiu”, revela Brady Corbet, autor de “O Brutalista”

Aos 51 anos, Adrien Brody em novo desempenho ‘oscarizável’
Aos 51 anos, Adrien Brody em novo desempenho ‘oscarizável’

Um arquiteto que sobreviveu ao Holocausto desembarca na América em “O Brutalista”, novo filme de Brady Corbet, com Adrien Brody. Conversámos com o realizador sobre um dos favoritos na corrida aos Óscares, que se estreia em Portugal esta quinta-feira

Terceira longa metragem de Brady Corbet após “Childhood of a Leader” e “Vox Lux”, “O Brutalista” estreou-se na competição do ano passado do Festival de Veneza com uma aura de acontecimento em grande parte devida à obstinação de quem o criou. Corbet, que começou por ser notado como ator de Gregg Araki e da série “24”, convenceu-se de que seria um dia auteur por inteiro, cineasta com “C” maiúsculo e um think big no pensamento que rima em tudo com o seu novo trabalho. Pela escala, pelo elenco, pelo orçamento, pela ambição... Mas a lista não acaba aqui, porque “O Brutalista”, resultado de sete longos anos de trabalho (o cineasta também coassina o guião com a sua mulher, a norueguesa Mona Fastvold) foi filmado em película, no antigo formato VistaVision, extravagância ao alcance de poucos, e até foi estreado em cópia de 70 mm, juntando desde logo Corbet a outros puristas da película como Tarantino, Paul Thomas Anderson ou Christopher Nolan. No final da projeção, o cronómetro marca três horas e meia divididos por um intervalo de 15 minutos rigorosamente cronometrado no ecrã, sainete que marca a diferença e está longe de ser único. Antes disso, já a audiência viu desfilar obliquamente os créditos iniciais na tela, ou seja, tudo neste filme sublinha que o dito é 'ave rara'. Mais: faz questão de ser visto como tal.

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