
No dar está o saber e é preciso brilho no sapatinho: 26 presentes para ler, pensar, viajar e experimentar
No dar está o saber e é preciso brilho no sapatinho: 26 presentes para ler, pensar, viajar e experimentar
Do autor de “Fear: An Alternative History of the World”, “Propagandopolis” traz-nos um século de propaganda em todo o mundo, de um mural com Saddam Hussein montado num cavalo ao póster que exibe montanhistas chineses a carregarem um busto de Mao Tsé-Tung até ao pico do Evereste. Dá para acreditar? A ideia é essa…
Em 1966, havia dito a um amigo que o seu desejo era fazer “o filme mais assustador de sempre”. Uma década depois, Stanley Kubrick cumpriria o desígnio. Este livro exalta-o — e de que maneira! 1396 páginas depois, vai querer ver o filme outra vez.
Os anos 80 por quem os viveu entre a infância e o início da idade adulta. Pedro Boucherie Mendes condensa em generosas 652 páginas a primeira década que Portugal viveu, desde o seu início, em democracia. O otimismo e as cores berrantes. O futuro já ali e os fantasmas do passado. Herman José, Sá Carneiro, a CEE e “O Independente”. Um presente nostálgico, porque não?
Com a sua fachada virada para a babélica Trafalgal Square, a National Gallery é uma paragem cultural inescapável em Londres e tem dentro de si mais de 2300 obras de várias tradições da pintura ocidental. Em formato XL, este livro apresenta cronologicamente 200 obras da coleção, de Margarito a Matisse.
O livro sobre livros que faltava. “Livros de Fotografia em Portugal: Da Revolução ao Presente” percorre, de forma abrangente, os livros de fotografia produzidos em Portugal nos últimos 50 anos. Um guia em sete capítulos.
Foi há 10 anos que o cante alentejano foi eleito Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO. Desde então, a fotojornalista do Expresso Ana Baião registou o cante pelo Alentejo, na Grande Lisboa e até em Paris. O que se ouve também se vê.
Editado em 2014 por ocasião de uma mostra comemorativa do 40º aniversário do 25 de Abril, no Porto, com obras de Arpad Szenes e Maria Helena Vieira da Silva. A exposição chamava-se “A Poesia Está na Rua”, Cabrita acrescentou-lhe o ponto de interrogação. Por apenas €10, o cartaz é um presente afirmativo.
Falta praticamente um ano para abrir e estende-se até à primavera de 2026, mas é desde logo uma das grandes exposições europeias do próximo ano, valendo todos os euros (ou libras) da viagem a Londres. J. M. W. Turner e John Constable, dois grandes pintores britânicos, rivais, unidos pela comemoração do 250º ano de nascimento. O prazer é todo nosso.
A exposição retrospetiva de Yayoi Kusama foi uma das mais significativas em Serralves este ano. Para mais tarde recordar, uma réplica de uma das gigantes abóboras da artista japonesa, feita de nylon e poliéster.
Viajante gastronómico, com obra publicada no “Condé Naste Traveler”, “Monocle” e “The New York Times”, o norte-americano Austin Bush vive há alguns anos em Lisboa e, a partir da capital, tece loas à nossa (cada vez mais fugidia) vida de tascas. Este livro não é sobre isso; é sobre a sua vida anterior: Bush passou anos e anos na Tailândia e levantou a tampa a todos os tachos do sul do país. Os aromas sentem-se.
Para memória futura (e uma excelente oferenda para um amigo de fora que não domine o português), um compêndio de receitas clássicas e contemporâneas de todo o país, das carnes de forno do norte ao peixe e marisco do Algarve. 550 receitas para cozinheiros amadores que não querem inventar nada mas têm tudo a provar (literalmente).
Já tiveram os dias contados, mas depois foram ao Brasil gravar um disco. Este ano, os lisboetas Capitão Fausto editaram o seu quinto álbum, “Subida Infinita” e fizeram sacolas com os títulos das canções. Retro e contemporâneo
Produto nacional e testado por um homem-tigre de Coimbra, Paulo Furtado, músico mas também lojista. Na lisboeta Casa Tigre, Legendary Tigerman veste a camisola em parceria com o Armazém das Malhas, também nos Anjos.
Recordar o início de uma bela amizade: o primeiro álbum dos seminais Talking Heads numa reedição com mais de três horas de material que mostra a construção do disco de ‘Psycho Killer’. É também uma forma de viajar até à Nova Iorque de 1975 a 1977.
Rapper de bom gosto e ternura na mensagem, o britânico Loyle Carner — que este ano atuou no festival Meo Kalorama, em Lisboa — tem, porventura, o melhor merchandising musical do ano. “Este é um lugar para manter as ideias seguras, para guardar a música, para lhe dar espaço fora do seu telefone.” Inclui itens tão curiosos como um jogo de xadrez e incenso para queimar. E também “Hugo”, o último disco do músico.
As críticas entusiasmam: preço baixo e alto som. Com uma estrutura compacta, esta coluna de som da Sony promete resistência, oferece 16 horas de autonomia de bateria e até gosta de canções de Natal.
O inevitável génio de Miles Davis, prenda jazzística que nunca deslustra. Esta caixa de 8 LP mostra o fulgor do quinteto de Davis entre 1963 e 1964, com o surgimento de músicos que se revelariam fulcrais, como Wayne Shorter e Herbie Hancock.
O mundo lá fora às vezes não interessa, e é por isso que estes estilosos fones reduzem o ruído exterior até 98%. O Space A40 tem vida própria: promete 10 horas de reprodução a cada carregamento e, se estiver com pressa, dá-lhe 240 minutos de autonomia depois de apenas 10 minutos na box. A prenda certa para o sobrinho frenético.
Dois em um: Meo Arena, Lisboa, 12 de dezembro, a “Blitz”, a mais importante marca de jornalismo musical em Portugal, festeja 40 anos de existência e a festa é para todos, com atuações de Xutos & Pontapés, Capitão Fausto, MARO e Gisela João. Ao mesmo tempo, uma revista especialíssima de 132 páginas celebra os 40 melhores discos da música portuguesa de 1984 até hoje. A prenda (a duplicar) dos melómanos.
Em charmoso vinil raspberry beret, uma reedição acabada de chegar do segundo álbum de um então jovem Thomas Alan Waits (25 anos), ainda longe de saber que se iria tornar um ‘monstro’ da música americana. Prepare-se: vai esgotar depressa.
Quem quer brincar aos gangsters? Inspirado na série de televisão britânica, este jogo de tabuleiro leva-nos até a década de 1920 em Birmingham. É possível criar uma rede de amigos (e também inimigos), investir em rum, peças de carros e outras coisas mais perigosas. Ganha, obviamente, o maior fora da lei.
Pensa que sabe tudo sobre os Beatles? Este “Trivial Pursuit” especializado nos Fab Four conta com 600 perguntas sobre Lennon, McCartney, Harrison e Starr, o presente adequado para testar a Beatlemania de primos que se gabam de já ter visitado a Cavern, em Liverpool.
“Type 7”, a revista online diária da marca de automóveis Porsche, lançou uma série de guias premium. A mais recente edição é dedicada a Tóquio, e retém-se na arquitetura, mas também na gastronomia: há sushi avançado, claro, mas também pizzas (sim, pizzas) revolucionárias.
No mundo das revistas que parecem livros poucas serão mais apetitosas do que a “Fare”. Centrada na comida, mas estendendo o palato a outros aspetos da cultura, já dedicou um número a Lisboa (com o chefe Leopoldo Calhau na capa), e este ano debruçou-se sobre Nápoles, a caótica e vibrante cidade do sul de Itália.
Boa luz e bom aspeto, a dupla qualidade infalível que nos faz cair de amores por este candeeiro de mesa de vidro e mármore, fiel companheiro de leituras demoradas.
Estofado a tecido verde e com pés lacados a dourado, um cadeirão nacional para sonhos acordados ou a mais relaxante audição de — porque não? — os discos de Tom Waits e Miles Davis que vemos nestas páginas.
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