
Em “Spice”, Roger Crowley explica como a avidez ibérica pelo cravinho e a noz-moscada transportou o duelo entre Portugal e Espanha para o “labirinto infernal” das ilhas Molucas, no outro lado do mundo
Em “Spice”, Roger Crowley explica como a avidez ibérica pelo cravinho e a noz-moscada transportou o duelo entre Portugal e Espanha para o “labirinto infernal” das ilhas Molucas, no outro lado do mundo
Correspondente em Londres
Nove anos depois de “Conquerors” (“Conquistadores”, na edição portuguesa), o escritor britânico Roger Crowley volta a mergulhar na história do império português na Ásia. O novo livro, “Spice”, é uma espécie de sequela, igualmente repleta de naufrágios, batalhas navais, espionagem, diplomacia — e violência extrema. Em “Conquerors”, Crowley escreveu sobre os primeiros 30 anos da presença portuguesa na Ásia. Nesse período, Portugal — um país pobre e pequeno, com cerca de um milhão de habitantes — assegurou a conquista do oceano Índico e criou o primeiro império global. “Spice” (Especiaria) retoma o fio da história e cobre as seis décadas seguintes, de 1511 a 1571, quando Portugal e Espanha disputaram o controlo das ilhas Molucas, na altura a única fonte mundial do cravinho e da noz-moscada. Estas especiarias, extremamente valorizadas nos mercados europeus, proporcionavam lucros prodigiosos.
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