
O artista chinês acaba de lançar uma biografia gráfica em formato de banda desenhada, inaugurou uma exposição em Lisboa e recebeu-nos no novo ateliê no Alentejo, um templo para se andar e pensar
O artista chinês acaba de lançar uma biografia gráfica em formato de banda desenhada, inaugurou uma exposição em Lisboa e recebeu-nos no novo ateliê no Alentejo, um templo para se andar e pensar
Jornalista
Fotojornalista
Algo novo, dotado de um estranhamento, cresceu no Alentejo. Mesmo antes de se entrar na estrada de terra que leva à casa onde há quatro anos vive o artista chinês Ai Weiwei, nos arredores de Montemor-o-Novo, impõe-se uma grande construção em tijolo vermelho e madeira clara. Entre a relva alta e as flores silvestres características da estação, ergue-se um edifício de arquitetura imprevista para aquela região. Há nas linhas do telhado qualquer coisa de oriental, uma ressonância que não é explícita mas que se sente de forma quase palpável. E a explicação para esta memória visual imprevista que se acende em quem a vê está no passado, como explica o próprio Ai Weiwei: “Este estilo arquitetónico, com uma história de mais de 1000 anos, é muito diferente dos edifícios de betão armado do Ocidente ou das casas de pedra da Antiguidade.”
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