Pedro Cabrita Reis, o artista que suprimiu parte do seu nome da assinatura autonomeando-se “Cabrita”, é um homem enfático. Nos gestos, na forma como acentua determinadas palavras, na ironia, no modo com se apresenta e caminha pelo mundo e se posiciona no discurso da história da arte. É necessário acertar o passo com a sua persona artística para, em companhia, visitarmos “Atelier”, título da exposição antológica que durante os próximos oito meses irá ocupar oito pavilhões anexos ao Palácio da Mitra, em Marvila, Lisboa, dando a ver 50 anos de vida da obra. Muitas nunca estiveram expostas. São cerca de 1500 peças estendidas pelos 3000 metros quadrados que cobrem a área total dos pavilhões e pertencem ao seu património pessoal. Peças “que por uma razão ou por outra foram ficando, sobretudo muitas das quais, sem nenhuma razão evidente, nunca me quis separar e estavam guardadas num armazém que me serve de depósito”.
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