Exclusivo

A Revista do Expresso

Legalizar a marijuana: sim ou não? Ecos de uma guerra política no Brasil

A Avenida Paulista, em São Paulo, pintou-se de verde há cerca de quatro semanas, numa manifestação a favor da legalização da marijuana
A Avenida Paulista, em São Paulo, pintou-se de verde há cerca de quatro semanas, numa manifestação a favor da legalização da marijuana
Nelson Almeida/Getty images

A decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro de descriminalizar — não legalizar — o consumo da droga mais popular do mundo é uma nova ocasião para relançar o debate sobre uma evolução que parece imparável mas cujos riscos ainda não são totalmente compreendidos

Luís M. Faria

Jornalista

Como outras questões de saúde, e na verdade quase tudo hoje em dia, a liberalização das drogas tornou-se uma questão irremediavelmente política, com uma direita conservadora opondo-se a uma esquerda progressista. No Brasil, onde um Supremo Tribunal Federal (STF) de maioria progressista coexiste com um congresso dominado por grupos conservadores de forte influência evangélica, a recente sentença do STF que descriminaliza o consumo de marijuana (não o legalizando, note-se. É uma decisão que lembra a que foi tomada em Portugal há mais de 20 anos, embora aqui por via legislativa. Tal como em Portugal, o consumidor fica sujeito a medidas administrativas e educativas) suscitou acusações de “ativismo judicial”, ou seja, de interferência indevida em questões que devem ser propriamente decididas pelos legítimos eleitos do povo.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate