Em casa, sozinho ou demasiado perto apenas dos que consigo habitam, quase sem sair à rua. O frenesim das máscaras, do álcool-gel, do jargão médico e científico. O medo e a hiperconsciência do risco de uma simples ida às compras. Foi quando tudo fechou que se deu uma “pequena alteração de paradigma” no mundo livreiro. Em busca de um “escapismo” das desoladoras imagens que preenchiam o espaço mediático e em fuga de um “excesso digital” que pautou a nossa experiência coletiva da pandemia, a leitura ganhou terreno. “Quando de repente precisamos de estar sozinhos e sozinhas, o livro passou novamente a ser um objeto de interesse”, diz Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
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