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Grande entrevista a Lídia Jorge: “Podemos ter nascido para a morte, mas não para o sofrimento”

Grande entrevista a Lídia Jorge: “Podemos ter nascido para a morte, mas não para o sofrimento”

Aos 77 anos, a escritora portuguesa vai renovar-se. Deseja largar o passado para responder aos desafios de um mundo que, em dois anos, mudou. Única voz da língua portuguesa a receber o Prémio Médicis, Lídia Jorge é a conselheira de Estado que representa “as pessoas comuns”

É quinta-feira de temporal em Lisboa, mas o simples gesto de ela abrir a porta de casa afasta o cenário agreste. Lá dentro tudo é uma penumbra cálida, objetos escolhidos e ordenados, livros, molduras, quadros nas paredes. Impõe-se um em particular, de Luzia Lage, figurativo e ao mesmo tempo fantasioso, uma mulher de cuja saia sai o homem e a casa e a paisagem. Vista do corredor, Lídia Jorge é uma silhueta recortada a contraluz. A conversar, as suas feições revelam-se totalmente. A suavidade da voz nem sempre coincide com a dureza ou a firmeza do que é dito.

Licenciada em Filologia Românica, professora, escritora multipremiada, primeira da língua portuguesa a receber o Médicis Étranger, autora de 13 romances e 7 livros de contos, além de ensaio, teatro e crónicas — convidada pelo “El País” para ser um dos quatro autores a substituir o espaço de Mario Vargas Llosa —, nasceu em Boliqueime e viveu em Moçambique, tem dois filhos, é casada. Tem 77 anos que ainda não sente. E uma ideia da inconsistência estrutural do mundo, da sua capacidade de regressão.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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