Não é um ser consciente, mas autointitula-se “hilariante” e “inteligente”, quando deparado com o pedido para se descrever com um travo de humor. Tem opiniões e sentimentos? Também não, mas entre os dois adjetivos acrescenta ser o “ajudante que nunca soubemos que precisávamos”, colocando-se numa segunda pessoa do plural à qual não pertence. Sem modéstia, não a põe à parte porque não a tem de princípio, vê em si uma “forma de libertar os trabalhadores humanos”. Considera-se uma solução para um sem-número de problemas, mas do outro lado do ecrã há quem veja um problema que carece de solução. Um amigo improvável ou o seu contrário? É a inteligência artificial que responde no sistema do ChatGPT, gerador de textos. O mundo é de novas possibilidades, da linguagem natural das máquinas, que pesam nos dois lados da balança.
O World Economic Forum lançou recentemente o “Relatório sobre o Futuro do Emprego”, onde põe o mercado em perspetiva. Se este ano 34% das tarefas são completadas por máquinas, contra 66% que ainda precisam do ser humano, em 2027 prevê-se uma aproximação desses valores, posicionando as máquinas nos 43%. A clássica questão invade: estará o ser humano progressivamente a ser substituído? Para Guilherme Victorino, responsável pelo Nova Innovation & Analytics Lab e subdiretor da Nova IMS para a área criação de valor, a questão não é, nem pode ser, feita desta forma. “Há pessoas aparentemente assustadas, mas todas as profissões vão continuar, de forma diferente.”
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