s primeiros anos do século XXI não foram fáceis para Karl Heinz Stock. O empresário alemão vivia em Moscovo quando Vladimir Putin se tornou pela primeira vez Presidente da Rússia, em 2000, e assistiu de perto às movimentações do Kremlin para centralizar os poderes político e económico, então muito dispersos por oligarcas e autoridades regionais. Enquanto isso, as máfias continuavam extremamente ativas, e qualquer homem de negócios de sucesso tornava-se um alvo. Karl Heinz precisou de contratar segurança privada e de sacudir as pressões do Estado russo para vender a sua empresa a preço de saldo.
Ele viveu pessoalmente os anos difíceis da viragem do século, marcados pela agitação social e pela emergência de uma elite de bilionários, alguns deles sem qualquer expressão no início da década de 1990, na Rússia pós-perestroika. Um grupo restrito de investidores aproveitou a abertura da economia do país para acumular riqueza e influência — não tardou que as suas ligações ao poder político se tornassem umbilicais, pelo que as lutas pela sucessão na liderança do país acabaram por ter reflexo nos seus negócios. Quando Vladimir Putin assumiu a presidência após a saída de Boris Ieltsin, dois dos mais poderosos homens da Rússia, que apoiavam o anterior Presidente, foram forçados a deixar o país: Boris Berezovsky exilou-se no Reino Unido, Vladimir Gusinsky foi viver para Israel. E outros assumiram o seu papel.
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