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viagem de quatro dias de João F. a Isfahan, a terceira maior cidade do Irão, em junho de 2014, colocou o português no radar das secretas norte-americanas. Juntamente com um empresário turco, o engenheiro lisboeta foi encontrar-se com um homem chamado Reza, com a missão de instalar duas máquinas de corte e de polimento de lentes de um fabricante alemão. Aquele seria apenas o primeiro de vários negócios no Irão com tecnologia de ponta europeia e norte-americana que o Departamento de Estado dos EUA suspeita que viesse a ser usada em armamento. As desconfianças sobre o português cresceram depois deste alugar um pequeno armazém numa praceta do Cacém, em Sintra, para receber as máquinas industriais que teriam como destino final Isfahan, através de “complexas rotas marítimas” entre a Turquia e a China. Dois anos depois, uma máquina que ia ser importada de Nova Iorque para Lisboa pela empresa do engenheiro foi apreendida ainda no Aeroporto J.F.K., por se temer que fosse parar às mãos dos iranianos, e, meses depois, João F. foi mesmo detido nos EUA por suspeitas de conspiração. Foi depois libertado e hoje encontra-se em parte incerta.
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