Escreveu um dos livros mais polémicos da História, cujas ideias continua a subscrever. Mas não sem críticas e sem uma defesa de ‘moderação’ face aos excessos do neoliberalismo
Jornalista
Quando, nos anos 90, no livro “O Fim da História e o Último Homem” (Gradiva) defendeu a democracia liberal como a forma mais evoluída de sociedade humana, após a queda do comunismo e a dissolução da União Soviética, as críticas não se fizeram esperar. Porém, três décadas depois, Francis Fukuyama ainda subscreve as ideias desse livro. “Honestamente, não vejo uma alternativa plausível à democracia liberal enquanto forma social mais evoluída. Pouca gente pensará que a teocracia islâmica é uma sociedade melhor para se viver. E não creio que as pessoas pensem na China se quiserem viver numa sociedade livre”, comenta ao Expresso desde a Califórnia.
Essa convicção está também presente no ensaio “Liberalismo e Seus Descontentes” (D. Quixote), em que o cientista político e professor nas universidades de Stanford e Johns Hopkins elabora uma defesa do liberalismo clássico ao mesmo tempo que analisa os excessos do neoliberalismo, apelando à “moderação”.
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