Uma sondagem da Universidade Católica realizada em maio e divulgada esta quinta-feira pelo jornal “Público” revela que 72% dos portugueses inquiridos (aceitaram responder 965 dos 3400 contactados) avalia como “muito mau” ou “mau” o estado da justiça em Portugal. Por outro lado, 23% consideram-no “razoável” e somente 2% enquanto “bom”.
Numa segunda pergunta, e continuando na ordem do dia investigações como a operação Infuencer, as detenções por fraude na Madeira e, há vários anos, a operação Marquês (envolvendo o ex-primeiro-ministro José Sócrates), aos inquiridos é pedido que "avaliem a atuação do Ministério Público e Procuradoria-Geral da República”: 22% respondem que “muito mal” e 34% dizem “mal” (um total de 56%); 35% dos inquiridos dão a classificação “razoável”, 6% dão “boa” e 1% dão mesmo “muito boa”.
O estudo permite também perceber, a poucas semanas das eleições europeias, que são os eleitores socialistas os mais críticos da atuação do Ministério Público liderado pela procuradora-geral da República Lucília Gago: 66% consideram-na “muito má” ou “má”.
Por sua vez, são eleitores afetos ao Chega quem atribui uma visão positiva mais expressiva entre partidos: quase 10% consideram o trabalho do Ministério Público como “muito bom” ou “bom”. No entanto, se a avaliação é para o estado da Justiça como um todo, os eleitores do Chega são, aqui, os grandes críticos: 81% considera-no “muito mau” ou “mau”.
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