O Banco de Portugal registou em 2023 um resultado operacional, antes de impostos, negativo em 1054 milhões de euros, revela esta quinta-feira o “Jornal de Negócios”, indicando que o resultado líquido foi nulo, devido ao uso da provisão constituída para riscos gerais.
O Orçamento do Estado para 2024 já antecipava que o Banco de Portugal este ano não entregará dividendos aos cofres públicos, por perspetivar um resultado nulo em 2023.
O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, já havia admitido que o resultado líquido da instituição em 2023 ficaria próximo do zero (depois de lucros de 297 milhões de euros em 2022), devido a uma “alteração de circunstâncias” nos balanços e resultados dos bancos centrais. Centeno admitiu também que esta situação poderá ir “para lá de 2024”.
As perdas operacionais de 1054 milhões de euros, que comparam com ganhos de cerca de 700 milhões de euros em 2022, segundo o “Jornal de Negócios”, estão associadas à subida dos juros, levando a um aumento do preço que os bancos centrais pagam à banca comercial para aqui estacionarem o seu dinheiro.
Também o Banco Central Europeu registou uma deterioração das suas contas no ano passado, tal como o Banco de Portugal, tendo mesmo fechado 2023 com um prejuízo de 1,27 mil milhões de euros, depois de um resultado nulo em 2022.
O Banco de Portugal só publicará os seus resultados a 16 de maio.
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