Ministra da Presidência: “Existem instituições públicas que querem experimentar” semana de quatro dias
RODRIGO ANTUNES
Mariana Vieira da Silva sublinha diferenças na Administração Pública, indicando que “há um trabalho a fazer” nos “serviços que não são compatíveis” com semana de quatro dias
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, garante que está a trabalhar com o Ministério do Trabalho para desenvolver o projeto da semana de quatro dias na função pública. “Existem instituições que querem experimentar, sim, mas também depende da metodologia que seja seguida. Nomeadamente, se será numa organização em particular ou num conjunto, para podermos avaliar o impacto”, refere a ministra em entrevista ao jornal “Público”.
A ministra considera que esta é "uma agenda fundamental para os próximos tempos”. “O compromisso é que nesta sede negocial, que é distinta da que existe na concertação social, também se possa fazer esse diálogo”. Vieira da Silva realça as particularidades encontradas em algumas áreas da Administração Pública: “temos muitos serviços que não são compatíveis com esse tipo de organização do tempo de trabalho” e, por isso, a “ambição” passa por “fazer um trabalho na AP com algumas diferenças”.
Quanto às negociações que ainda vão ocorrer durante o mês de outubro, Mariana Vieira da Silva deixa claro que apenas há margem para acelerar o ritmo de revisão da Tabela Remuneratória Única. “O aumento salarial anual está fechado, em conjunto com a aproximação que fizemos no subsídio de refeição [que passa de 4,77 para 5,20 euros por dia]. As margens que ainda temos são fundamentalmente sobre o ritmo a que a revisão da Tabela Remuneratória Única (TRU) poderá decorrer. Fizemos, nesta proposta e no Orçamento do Estado (OE) para 2023, um esforço de ir o mais longe possível, privilegiando os salários mais baixos, ou seja, as pessoas mais afetadas pela inflação.”
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