Carlos Carreiras: “Passos Coelho não esteve em nenhum boletim de voto. As últimas eleições em que foi candidato saiu vencedor”
Para o coordenador autárquico do PSD, os resultados das eleições autárquicas ainda são consequência dos anos da troika
Para o coordenador autárquico do PSD, os resultados das eleições autárquicas ainda são consequência dos anos da troika
Ainda há quem defenda Passos Coelho dentro do PSD e tente afastar a derrota nas eleições autárquicas das suas responsabilidades. “Pedro Passos Coelho, a quem todos apontam baterias, não esteve em nenhum boletim de voto. As últimas eleições em que foi candidato tiveram lugar em 2015. Foram as legislativas. E delas saiu vencedor”, lembra Carlos Carreiras, coordenador autárquico do PSD, num texto de opinião publicado no “Diário de Notícias” esta terça-feira.
Segundo o coordenador autárquico do PSD, “não vale a pena dourar a pílula” neste momento, mas é inegável que os resultados das eleições autárquicas ainda são reflexo dos anos da troika. “Este eleitorado ainda não perdoou ao PSD. Está a ajustar contas connosco, a devolver-nos a austeridade por intermédio dos votos. Paradoxalmente, o PSD que tratou da cura do país continua a ser erradamente penalizado pela doença”, aponta.
Para o dirigente social-democrata, não se presta um um bom serviço à democracia “se misturarmos sistematicamente as leituras dos atos eleitorais”.
“Como coordenador nacional autárquico, dou a cara por eles. Mas como o processo de escolha de candidatos no meu partido é altamente descentralizado, essa responsabilidade é também partilhada com as estruturas distritais, concelhias e locais que lideraram as candidaturas. Falhámos coletivamente em muitas delas”, escreve.
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