Depois de um arranque de campanha em grande, com um comício no Porto que juntou centenas de pessoas, João Ferreira desceu até Setúbal para jogar em casa e deixou garantias de que, mesmo tendo cumprido as regras sanitárias, imagens daquelas não se repetirão: “Iniciativas como aquela não iremos ver muitas. A campanha, infelizmente, não será feita de iniciativas assim”.
A primeira segunda-feira de campanha começou com uma sessão pública no auditório de Santiago de Cacém, terra amigável para João Ferreira (os comunistas governam a autarquia e mesmo nas últimas presidenciais, em que o candidato Edgar Silva teve um resultado muito baixo a nível nacional - 3,95% -, em Santiago chegou aos 12,12%). E apesar de os que ali se sentavam se conhecerem bem - eram algumas dezenas de apoiantes, separados por lugares vazios - o desafio era outro: quem tentava acertar nos nomes de quem queria intervir enganava-se, porque “isto com a máscara é difícil”, lembravam, por entre risos.
No arranque de uma campanha de exceção, os comunistas, que já marcaram posição, no ano que passou, com a organização do 1º de maio, da Festa do “Avante!” ou do congresso do partido, fizeram questão de arrancar com o comício no Porto, onde as regras de higiene foram cumpridas mas que, ainda assim, juntou uma quantidade considerável de apoiantes pouco antes da hora do recolher obrigatório. “Foi uma lição de organização, não obstante aquela dimensão impressiva”, garantiu João Ferreira aos jornalistas, frisando que em filas para o supermercado ou para os transportes não se encontram os mesmos cuidados. Mesmo no Porto, onde os cumprimentos “são sempre muito efusivos”.
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