O Presidente exonera esta quinta-feira o primeiro-ministro e, com isso, fica formalizada a demissão de todo o executivo que passa a governo de gestão. Despedem-se na expetativa de ver qual dos dois, ambos em maus lençóis, consegue safar-se na fotografia
Nuno Fox
A gigante sabedoria política de Mário Soares aguentava quase tudo, mas se algum dia lhe tivessem dito que a reedição do seu livro “Portugal Amordaçado”, no âmbito das comemorações do seu centenário, seria palco para o último encontro público entre um primeiro-ministro que se sentiu forçado a demitir-se e um Presidente da República que vê questionarem as condições para se manter em funções, Soares talvez tivesse que coçar o sobrolho (coisa que adorava fazer) antes de largar uma das suas tiradas históricas: “Nós democratas não tememos o futuro porque acreditamos no caminhar da História.”
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