As duas mães dispensadas pelo Bloco de Esquerda (BE) enquanto ainda amamentavam, cujos processos de saída estão a ser investigados pelo Ministério Público, apelaram, em duas cartas dirigidas aos dirigentes e militantes do partido, a que os responsáveis pelos processos de saída – entre os quais a atual coordenadora do BE, Mariana Mortágua – assumam responsabilidades políticas. Dentro do partido, a pressão sobre a atual coordenação aumenta: membros da Comissão Política do BE apresentaram este sábado a sua demissão do órgão, motivada pela recusa do partido de abrir um inquérito interno para apurar responsabilidades no despedimento de trabalhadores.
Tanto a mãe que fora dispensada ainda em licença de maternidade, dois meses depois de ter tido um filho, como Érica, despedida enquanto amamentava um bebé de 9 meses, expuseram, em emails enviados a militantes a que o Expresso teve acesso, as suas versões do sucedido. E neles fazem violentas críticas ao partido e à condução do processo, implicando diretamente a direção do BE nestes despedimentos de carácter “moral e politicamente questionável” e na “enorme humilhação” que significaram.
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