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Pedro Nuno Santos desafia PSD a dizer se vai aprovar aumento das pensões

Pedro Nuno Santos desafia PSD a dizer se vai aprovar aumento das pensões
JOSÉ COELHO

O líder do PS utilizou a descida de IRC para pressionar o PSD a aprovar o aumento de pensões. Contudo, Pedro Nuno Santos garantiu que a aprovação do OE não está em risco

O secretário-geral do PS desafiou o Governo e o PSD a dizer se vão aprovar a proposta socialista para aumentar as pensões dos reformados, reafirmando, contudo, que a aprovação do Orçamento não está em risco.

"Nós não vamos fazer nenhuma chantagem com nenhum partido político nem com o Governo. O que esperamos, obviamente, é que o Governo e o PSD apoiem o aumento das pensões, porque se estavam disponíveis para reduzir o IRC em dois pontos percentuais e portanto em perder 600 milhões de euros de receita fiscal, espero bem que tenham menos do que 300 milhões para aumentarmos as pensões dos nossos reformados", disse Pedro Nuno Santos, este sábado, à entrada para o XX congresso da corrente sindical socialista da CGTP-IN, em Aveiro.

Questionado sobre qual o sentido de voto do PS relativamente à proposta do Orçamento, o secretário-geral dos socialistas referiu que a única questão que interessa, neste momento, é saber o que o PSD e o Governo vão fazer com a proposta do PS para aumentar as pensões dos reformados. “Espero que o PSD e o Governo rapidamente digam se apoiam ou não esta proposta do PS”, vincou.

Pedro Nuno Santos deixou, no entanto, claro que a viabilização do Orçamento do Estado não está em causa seja qual for a decisão do PSD e do Governo, assegurando que esse assunto está ultrapassado e que o PS já definiu o seu sentido de voto.

O líder do PS referiu ainda que os pensionistas ganham pouco, defendendo que há uma obrigação de aumentar as pensões e disse que espera que até ao momento em que se vote na especialidade o aumento das pensões dos reformados, "o PSD não falte ao país, não falte aos nossos reformados".

O líder dos socialistas deixou também críticas ao Governo, acusando o executivo liderado por Luís Montenegro de irresponsabilidade, por estar concentrado no jogo político, em vez de resolver os problemas dos portugueses.

"Temos irresponsáveis para além de incompetentes a governar o país e que em vez de resolverem os problemas que temos, estão concentrados no jogo político, na pequena política", disse Pedro Nuno Santos, adiantando que o PS, pelo lado contrário, está concentrado em resolver os problemas dos portugueses.

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