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"O Governo vai a tempo de reconhecer que cometeu um erro": BE propõe reposição de manifestações de interesse

"O Governo vai a tempo de reconhecer que cometeu um erro": BE propõe reposição de manifestações de interesse
ANTÓNIO COTRIM

Mariana Mortágua defendeu a revogação da lei “irresponsável” do Governo que extinguiu a manifestação de interesse como forma de regularização de imigrantes. O BE quer também regularizar os recursos humanos da AIMA. As duas propostas vão a votos esta quarta-feira, ao lado de cinco propostas do Chega

No dia em que o Chega leva as suas propostas ‘anti-imigração’ a votação do Parlamento, o Bloco de Esquerda junta-se ao debate com duas propostas em sentido contrário. Duas semanas depois de o Governo ter anunciado a extinção das manifestações de interesse como forma de os imigrantes conseguirem autorização de residência, o Bloco pede a reversão da medida. “O Governo está a tempo de perceber que cometeu um erro. Os consulados já vieram dizer que não têm meios, o Presidente da CAP veio dizer que no passado este regime não funcionou. Tornou-se claro que a lei não serve”, defendeu Mariana Mortágua na apresentação das propostas a partir da sede do Bloco, esta quarta-feira, dia 19.

A manifestação de interesse permitia a legalização dos imigrantes que já tivessem, pelo menos, 12 meses de descontos para a Segurança Social, mas que ainda não tivessem a situação regularizada no país. Agora, o Governo português passou a exigir aos imigrantes um visto específico nos consulados ainda antes de entrarem em Portugal. Para a líder bloquista, esta medida é "irresponsável", revela "desconhecimento do próprio passado" e é uma "forma de promoção da imigração clandestina". “Não se combate imigração irregular acabando com formas de legalização dos imigrantes. Esta reforma do Governo é uma irresponsabilidade”, acusou.

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