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Ventura exige demissão de Albuquerque e Pedro Calado e insta PSD a seguir-lhe o exemplo: "Ainda vai a tempo"

Ventura exige demissão de Albuquerque e Pedro Calado e insta PSD a seguir-lhe o exemplo: "Ainda vai a tempo"
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

“Montenegro não tem razão” ao diferenciar a Operação Influencer da investigação judicial que assolou o poder na Madeira esta semana, defendeu André Ventura em declarações na AR. Se o PSD não retirar a “confiança política” aos seus dirigentes, deixará de poder levantar o dedo ao PS”, avisa, lembrando que a corrupção é uma das principais preocupações do eleitorado

Ventura exige demissão de Albuquerque e Pedro Calado e insta PSD a seguir-lhe o exemplo: "Ainda vai a tempo"

Tiago Soares

Jornalista

André Ventura desafiou Luís Montenegro a exigir a renúncia ou suspensão de mandato a Miguel Albuquerque e Pedro Calado, presidente do Governo Regional da Madeira e autarca do Funchal que são suspeitos de corrupção na adjudicação de obras públicas no arquipélago.

Um dia depois da investigação ser conhecida e de ter pedido esclarecimentos ao líder do PSD, o presidente do Chega afirmou que “Montenegro não tem razão” quando diz que este caso não é igual à Operação Influencer, que levou à queda do Governo. “Os casos são parecidos. Do que sabemos, na Madeira até há elementos mais avançados de prova do que no no caso do Governo”, afirmou Ventura em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, acrescentando que os partidos não podem ter “uma palavra para um caso e uma palavra para o outro”.

Isso inclui o Chega, continuou Ventura. O partido “tem de fazer a diferença” no “combate cerrado a estas situações de conluio, ligações e corrupção” que assolam a política nacional – até porque “as pessoas querem saber as exigências dos partidos” para travar o problema, sobretudo em período pré-eleitoral, lembrou.

"Se não o fizermos perderemos a moral, a ética e deixamos de poder levantar o dedo ao PS”, garantiu Ventura, apontando que o “mínimo” que se pode exigir a Albuquerque e a Calado, ambos dirigentes do PSD, é a demissão. “É evidente que eles podem decidir não ouvir, mas essas já serão as atitudes deles”, afirmou Ventura, reforçando que Montenegro “tem de dar um sinal político” , “retirar a confiança política” a ambos e exigir a sua saída “nas próximas horas”.

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