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Costa diz que Pedro Nuno ainda tem futuro: "É um dos grandes quadros dentro do PS"

Costa diz que Pedro Nuno ainda tem futuro: "É um dos grandes quadros dentro do PS"
JOSÉ COELHO

Líder do PS garante que não vai interferir na escolha do sucessor e defende que ainda não é o tempo de falar de candidatos às eleições europeias ou às presidenciais

“O Pedro Nuno Santos é, indiscutivelmente, um dos grandes quadros dentro do PS”, afirmou este domingo António Costa, líder socialista e primeiro-ministro, em entrevista à RTP. E, questionado sobre se o ex-ministro mantém as qualidades políticas - apesar de ter saído do Governo e do que venha a ser concluído pela comissão de inquérito - foi perentório: “Continua a ser” um dos grandes quadros socialistas.

A atividade política é uma atividade que tem momentos de sucesso e de insucessos, momentos bons e momentos negativos”, disse o secretário-geral do PS, dando o exemplo da sua candidatura autárquica a Loures, há mais de 30 anos.

Não interferirei na escolha do meu sucessor”, garantiu Costa, nesta entrevista à RTP, a propósito dos 50 anos do PS, em que criticou os populismos e o PSD e enviou recados a Marcelo sobre o cumprimento da legislatura.

Questionado sobre se Augusto Santos Silva será um bom candidato às eleições presidenciais, o primeiro-ministro também considera que não é ainda o tempo para essa discussão. “É tudo muito prematuro, não devemos estar a discutir tudo ao mesmo tempo”, afirmou, considerando que “a vida política tem os seus tempos próprios”.

Costa lembrou que as únicas eleições que vão realizar-se este ano são as regionais da Madeira, pelo que “há-de chegar o momento em que se definem os candidatos às eleições europeias, às eleições autárquicas e às eleições presidenciais”, mas esse momento ainda não chegou.

“Devemos estar preocupados é em resolver os problemas das pessoas”, defendeu o primeiro-ministro, que garante: “A minha agenda, a agenda do Governo, a agenda do PS é a agenda da vida dos portugueses”, que passa por combater a inflação, manter o nível de emprego em máximos e acautelar que os rendimentos vão manter a projeção do acordo de rendimentos.

“Há uma direita que não consegue respeitar a ideia de que este mandato parlamentar se cumpra”, lamentou o líder socialista, que acusa a direita de manter “debates artificiais” que não interessam aos portugueses.

Quanto às manifestações e protestos contra o Governo, considera-os “um direito normal”. “É natural, sobretudo em momentos em que a inflação sobre de 1 para 8%, os protestos fazem parte da nossa vida democrática”, argumentou o primeiro-ministro, que diz valorizar “a vida sindical e a negociação coletiva”.

Já vivemos há suficientes anos em democracia para não estarmos em sobressalto cada vez que há uma manifestação”, concluiu

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