Num jogo de realidade e perceções, a dada altura, Luís Montenegro foi confrontado com o facto de se estar a irritar. O homem que se diz sereno, saiu do tom e Rui Tavares, do Livre, aproveitou a deixa para lhe dizer de forma sarcástica que o primeiro-ministro percebe assim que a “política de perceções” quando aplicada ao próprio “é chata”. No primeiro debate quinzenal do ano, o primeiro-ministro foi acusado, por Rui Tavares, de ter “posto completamente na gaveta” a promessa do “não ao não” ao Chega. Algo que Montenegro negou em palavras - o Governo “não está a ir atrás de agenda nenhuma, está a executar a sua agenda, o seu programa", disse - e depois tentou demonstrar protagonizando um final de debate violento para com André Ventura. Aproveitando o tempo de resposta ao PSD, carregou nas tintas: “O senhor não é sério, não é honesto intelectualmente”, atirou a Ventura, acrescentando que com “demagogia e populismo”, os deputados do Chega estão “na rota da pobreza”.
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