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IL quer reconhecimento de Edmundo González como Presidente da Venezuela

IL quer reconhecimento de Edmundo González como Presidente da Venezuela
RONALD PENA R.

Liberais querem que o Governo português reconheça Edmundo González Urrutia como Presidente da Venezuela, seguindo países como os EUA, Argentina, Peru, Costa Rica, Equador e Uruguai, que já reconheceram Edmundo González como o vencedor das eleições do passado dia 28

IL quer reconhecimento de Edmundo González como Presidente da Venezuela

Liliana Coelho

Jornalista

Os liberais querem que o Governo português reconheça Edmundo González Urrutia como o novo Presidente da Venezuela. Numa iniciativa que será entregue esta terça-feira no Parlamento, a Iniciativa Liberal (IL) defende que o candidato da oposição teve uma "contundente vitória" no passado dia 28 de julho e Portugal deve acompannhar países como os EUA, Argentina, Peru, Costa Rica, Equador e Uruguai, que já reconheceram Edmundo González como o vencedor das eleições na Venezuela.

“Perante tantas evidências, Portugal, deve assim, seguir os passos de vários países e reconhecer a evidente vitória de Edmundo González. Respeitar a vontade do povo venezuelano continua a ser a única forma de a Venezuela restaurar a democracia e resolver a atual crise política, humanitária e socioeconómica”, pode ler-se no projeto de resolução da IL a que o Expresso teve acesso.

O partido recomenda ainda ao Governo que empregue esforços junto das organizações internacionais que Portugal integra, nomeadamente na União Europeia (UE), na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e na Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), “para que esse reconhecimento seja o mais alargado possível entre os países que as integram bem como formalmente pelas próprias organizações”.

Afirmando que no passado dia 3 de agosto, Portugal assinou uma declaração conjunta com a Alemanha, Espanha, França, Itália, Países Baixos e Polónia apelando às autoridades venezuelanas para que divulguem todas as atas eleitorais, a IL sublinha que a própria UE anunciou um dia depois que os resultados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuelana – que apontam a vitória de Nicolás Maduro – não podem ser reconhecidos, uma vez que nenhuma ata foi divulgada.

No projeto de resolução, o grupo parlamentar da IL critica o longo processo pré-eleitoral que foi marcado por várias tentativas por parte do Governo de Nicolás Maduro de “prejudicar as candidaturas da oposição”, afastando María Corina Machado, e alerta que o “banho de sangue” prometido por Maduro “poderá ser uma realidade”.

“Além de Cuba e Bolívia, os restantes aliados do regime, que se apressaram a reconhecer os resultados apresentados pela CNE, são também eles países pouco recomendáveis no que toca a valores democráticos, tais como Nicarágua, Rússia, Irão, Síria, Bielorrússia, China e Coreia do Norte”, pode ler-se ainda no documento.

A iniciativa dos liberais surge um dia depois de Edmundo González se ter autoproclamado presidente eleito da Venezuela e de apelar às Forças Armadas do país para que travem a tentativa de “golpe de Estado” de Maduro. No mesmo dia, a Procuradoria-Geral da Venezuela anunciou a abertura de uma investigação criminal contra Edmundo González e María Corina Machado e o candidato presidencial da oposição Edmundo González por “incitamento” para os militares “desobedecerem as leis”.

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