Foi um debate agitado, cheio de trocas de palavras (e insultos, nalguns casos) entre bancadas e até vaias, mas com um “sinal” claro do Governo, com Paulo Rangel a anunciar programas de tétum e crioulo nas universidades portuguesas e um memorial em Angola aos soldados mortos na guerra. O Chega ficou isolado no debate que marcou sobre as reparações às ex-colónias. As palavras de Marcelo Rebelo de Sousa foram “uma traição sem paralelo na nossa História”, defendeu André Ventura na abertura da sessão. E no final, o deputado Rui Paulo Sousa sugeriu mesmo que o Presidente deve considerar renunciar ao cargo caso não se sinta “capaz de representar adequadamente os interesses nacionais” para dar lugar a “alguém que respeite verdadeiramente a história da nossa Pátria”.
Marcelo, entretanto, já reagiu, voltando a salientar que tem uma visão ampla da democracia. “A democracia deve permitir a liberdade de expressão de pensamento, a liberdade de iniciativa mesmo em relação a órgãos de soberania”, disse o Presidente à margem de uma visita ao Liceu Francês, em Lisboa.
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