Numa tarde em que a ausência mais notada foi a do Governo, o debate parlamentar requerido pelo PSD para apresentar as suas medidas fiscais fez-se a dois tempos. Por um lado, os sociais-democratas continuaram o caminho de afirmação como “alternativa” ao governo socialista, apresentando propostas “sérias, justas e urgentes”: a redução do IRS em 1200 milhões já este ano e em 2024, uma taxa de 15% para o IRS dos jovens até 35 anos; isenções de IRS e TSU para prémios de produtividade; a atualização obrigatória dos escalões do IRS em função da inflação; e a criação de um mecanismo para que seja o Parlamento a decidir como aplicar o excedente fiscal.
“Este é o teste de algodão e a derradeira oportunidade para o PS dizer ao país: quer ou não baixar os impostos já este ano?”, perguntou Joaquim Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD, antes da maioria absoluta chumbar todas as ideias sociais-democratas. E esse foi o outro tempo do debate desta quarta-feira, com o PS a procurar pôr em causa o timing da iniciativa laranja – até porque daqui a “20 dias” vai ser iniciado o debate do Orçamento de Estado de 2024.
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