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BE pondera forçar voto sobre Programa de Estabilidade, partidos criticam “pouca ambição” e falta de “transparência”

Fabian Figueiredo, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, no debate do Programa de Governo
Fabian Figueiredo, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, no debate do Programa de Governo
JOSÉ SENA GOULÃO

Depois de uma moção de rejeição ao programa de Governo sem efeito, o Bloco de Esquerda pondera voltar à carga com uma proposta de rejeição ao Programa de Estabilidade. A confirmar-se, o documento terá de ir a votos no Parlamento. Da direita à esquerda, multiplicaram-se as críticas da oposição

O Programa de Estabilidade, entregue esta segunda-feira e discutido na próxima semana no Parlamento, poderá ir a votações já que o Bloco de Esquerda pondera avançar com uma proposta de rejeição ao documento. “A AD apresenta um Programa de Estabilidade que volta a fugir ao calendário, às contas, e por isso é um Programa que rejeitamos”, declarou Fabian Figueiredo, esta segunda-feira, sem deixar claro se o partido irá apresentar um projeto de resolução contra o documento. “Oportunamente daremos nota se levaremos ou não o Programa a votação, o que queremos sublinhar é que não responde às necessidades do país”, acrescentou. Com o debate sobre o Programa de Estabilidade marcado para quarta-feira, dia 24, o Bloco terá de se esclarecer a sua posição, no limite, até às 18h desta sexta-feira, dia 19.

“É um novo episódio [Programa de Estabilidade] que não concretiza nem calendariza as principais promessas feitas pela AD a professores, médicos, oficiais de justiça, assim como compromissos que fez na campanha eleitoral quanto ao aumento dos salários”, acrescentou o líder parlamentar bloquista como justificação para a rejeição do documento. Antes, já Fabian Figueiredo tinha criticado o PSD por fazer um debate do programa de Governo “com truques” no que diz respeito à descida do IRS – que afinal irá rondar os 200 milhões de euros.

De acordo com as regras regimentais, o Programa de Estabilidade só é votado no Parlamento se algum partido forçar essa votação através de um projeto de resolução contra ou a favor do documento. Caso contrário, o Programa é apenas discutido na Assembleia da República e segue para Bruxelas. A confirmar-se a posição do Bloco, os partidos são obrigados a posicionar-se quanto ao documento. Mas qualquer tentativa de votação do programa acabará também por ter efeitos sobre o PS, que prefere que o documento não seja votado

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